
Mais uma vez pardon pelo longo tempo de espera mas como a paciência é uma virtude, vamos a ver se não damos o vosso tempo por perdido. Andava meia perdida sem saber que assunto de extremo interesse vos apresentar quando me liga o meu patrão e, com a sua eterna candura, me fez surgir a ideia para o próximo artigo. Por candura, entenda-se, uns gritos bem altos ao telefone e a habitual bestialidade de um ser que de bestial não tem nada a não o radical comum da palavra que melhor o descreve...(ok pronto, o homem é uma besta, perceberam agora?)
Sendo assim, e estando visto que o homem suga toda e qualquer alegria e paciência que eu tenha, decidi escrever hoje sobre as Shtrigas, essas figuras do folclore da Albânia que tantas outras criaturas medonhas inspiraram. Quantas vezes certos pais, desprovidos de qualquer noção de pedagogia, assustaram os seus pobres rebentos com histórias de seres hediondos que visitariam as aterrorizadas crianças à noite se elas não comessem a sopa?... A figura mítica da Shtriga é a epítome e o início dessa cultura de medo que se incutia (e ainda se incute na casa do meu patrão de certeza) nas crianças e em algum adulto também (ei há gente pra tudo...). Na Albânia a crença nas Shtrigas ainda hoje é muito forte, acreditando-se serem elas a causa das doenças (e mortes também) de muitos bambinos. Se pensarmos que na Albânia a maior causa de mortalidade são as doenças do sistema circulatório, torna-se muito fácil identificar tais sintomatologias com os sinais "deixados" por uma shtriga, sendo que esta suga (literalmente) o sangue das suas vítimas, tendo preferência crianças pequenas. Mas quando dá a fome, qualquer um pode marchar.
A Shtriga apresenta-se como uma figura semelhante a uma bruxa, que se transformaria num insecto após tomar o seu cocktail de hemoglobina. Recorda-vos algo? Não pá, não me refiro ao Pinto da Costa. O amigo vampiroscu, essa criatura que teve a sua origem num país não muito distante da Albânia, a Roménia. Nesse mesmo país encontramos uma figura em muito semelhante, a chamada strigoi morti, tendo esta a particularidade de não beber sangue mas de praticar o chamado vampirismo psicológico (Eh lá...acho que conheço uma strigoi morti!!! Uma não! Várias! Isto já não se pode sair à rua...). Temos também a Strix, de origem grega ou romana, que assume os mesmos contornos (mas atenção que esta tem sede e gosta de AB+, OK?).
Bem, vamos agora às receitas! Como afastar uma shtriga?! Bem, afastar afastar não dá. Mas pode-se fazer um crucifixo de osso e pendurar à porta da Igreja no Domingo de Páscoa para entalar a bruxa lá dentro e depois dar-lhe o respectivo golpe de misericórdia ou então esperar que o bicho fosse para o mato regurgitar o que tinha bebido, mergulhar uma moeda no sangue e depois guardar como protecção. Estes remédios só têm uns pequenos problemas. O primeiro ia criar uma massa de histeria geral (estou mesmo a ver as beatas a carpir que havia bruxas na aldeia), e o segundo é nojento.
Deste modo, eu criei a minha própria receita: é favor no futuro, e para assegurar a vossa descendência, dar café puro aos miúdos e pôr filmes da Disney à noite. Quanto a vossemecês, aguentem-se. Tudo em prol da continuidade da linhagem hahahaha!!!!
Adieu!!!
TÁ fixe Marta, tou a adorar este teu blog. Tá muito fixe. Continua. As tuas pesquisas / histórias paranormais misturadas com a tua ironia e sentido de humor suscita curiosidade. Vou manter-me uma leitora assidua =)
ResponderEliminarForça prima!
Vanessa Silva
TÁ fixe Marta, tou a adorar este teu blog. Tá muito fixe. Continua. As tuas pesquisas / histórias paranormais misturadas com a tua ironia e sentido de humor suscita curiosidade. Vou manter-me uma leitora assidua =)
ResponderEliminarForça prima!
Vanessa Silva
Eu bem me parecia... Curto a ironia que usas para descrever e contar as coisas! Tou nessa!
ResponderEliminarD�-lhes!!!!!!
Ah!.. Se quiseres, mando-te umas fotos fixes de fantasmas! lol sem problemas de lentes!